Novo ano apenas começando, aquela vontade de empreender e mudar de vida. As pessoas se perguntam o que fazer com aquela parte do 13° salário que sobrou e foi agregada às economias. Muitos pequenos empreendedores estão apostando no comércio eletrônico para se tornarem seus próprios patrões, ou como uma fonte de renda complementar.
Se esta também é a sua escolha, você já sabe por onde começar a planejar sua loja virtual? Abaixo listo algumas dicas de como planejar o negócio racionalmente ao longo dos meses para conseguir lançar uma loja virtual completa.
Passo 1: Contando as economias
O primeiro passo é definir quanto você tem para investir e dividir o valor por 12. Você poderá gastar mensalmente, apenas 1/12 do que você tiver. Assim, se seu capital inicial for R$30.000, você terá que alocar todas as despesas mensais dentro dos R$2.500 estipulados para o mês. Leve em consideração aluguel de espaço, cursos e treinamentos, marketing, e outras despesas fixas. Muitos microempresários se veem sem nenhum capital para as despesas do negócio logo nos primeiros meses, por não planejar o capital em longo prazo.
Passo 2: O que você vai vender?
Defina em qual segmento vai atuar, qual será o mix de produtos, margens de lucro almejadas. Defina também quem será seu público alvo. Procure saber quem são seus concorrentes, como são as suas lojas virtuais e qual a qualidade dos produtos.
A experiência de quem já empreendeu nessa área também é de muita valia. Converse com amigos que já tenham aberto lojas virtuais, ou até mesmo lojas físicas, caso seja sua primeira experiência no varejo.
Passo 3: A escolha do local
Sua empresa é virtual, portanto, ela não precisa estar em endereços ou bairros nobres da cidade. Se você dispuser de um espaço em sua própria casa, ótimo. Se não, você pode buscar por uma sala comercial em bairros mais baratos, afastados do centro da cidade. A ideia é não gastar muito dinheiro com aluguel. Aliás, quanto menos gastos fixos o microempreendedor virtual tiver, melhor.
Passo 4: Registrando a empresa
Para poder operar legalmente no e-commerce é obrigatório ter empresa aberta, passando por todo o trâmite de registro de empresa, que varia um pouco entre os Estados brasileiros. Assim você poderá emitir nota fiscal aos clientes, recolher os impostos, e cumprir com todas as obrigações fiscais pertinentes aos empreendedores. Além da razão social e CNPJ, dados como endereço, telefone e meios de atendimento precisam constar na homepage da sua loja, de acordo com as novas regras do e-commerce brasileiro.
Passo 5: Uma loja própria ou uma loja em um marketplace?
Pesquise as opções de plataforma. Hoje existem duas principais maneiras de montar uma loja virtual: com uma plataforma de e-commerce ou em um marketplace. As plataformas são caras e demandam conhecimento prévio e uma equipe dedicada a ela dentro da sua empresa, uma opção que certamente é mais viável para grandes marcas. E existem marketplaces, os shoppings virtuais, que são a melhor opção para o pequeno empreendedor, pois possuem mensalidades acessíveis e uma série de benefícios voltados às necessidades do pequeno varejista, como cursos, marketing, geração de tráfego, consultoria, etc.
Passo 6: Cursos e treinamentos
Se optar por um marketplace, e se ele não oferecer treinamentos gratuitos, reserve uma parcela da sua verba mensal para isso. Se você está começando do zero, precisa de uma base de conhecimentos sólida, coisa que você não aprenderá sozinho. Procure cursos de fundamentos do e-commerce, fotografia e descrição de produtos, atendimento ao consumidor e marketing digital, para começar.
Passo 7: Escolha seus fornecedores e combine preços e entrega
Faça acordos de preços com seus fornecedores para pequenas quantidades, e enquanto estiver nos primeiros meses de vendas, combine até mesmo a retirada ou entrega dos produtos com eles. Às vezes, você pode até retirar os produtos na fábrica com seu carro uma ou duas vezes na semana se a quantidade for pequena, reduzindo os gastos de frete ou de ter de comprar um lote grande que ocupará todo o seu espaço de estoque.
Passo 8: Atendimento ao cliente
Tenha em mente que você precisará dispor de meios rápidos de atendimento ao cliente. Se você for cuidar de todo o resto da empresa e ainda do atendimento, lembre-se de reservar pelo menos dois momentos do dia, às 12h00 e às 18h00, por exemplo, para responder aos clientes que fazem contato por email, Twitter ou Facebook. Quanto aos telefonemas, atenda sempre que estiver em sua loja, e tenha o cuidado de deixar uma mensagem na secretária eletrônica dizendo ao cliente que retornará a ligação o mais breve possível – e retorne. Sendo sua loja pequena e iniciante, essa demanda deverá ser baixa no começo, mas tenha o cuidado de estar constantemente checando os canais de comunicação para não perder clientes.
Passo 9: Logística de entrega
Escolha seu parceiro logístico. Na maioria das vezes, salvo para produtos de grandes dimensões ou pesados, serão os Correios, por sua abrangência geográfica e preço competitivo. Você mesmo pode levar todas as encomendas até a agência dos Correios mais próxima, ao final de cada dia, ou então programar a retirada das encomendas pelos Correios na sua empresa. Você pode até mesmo, para endereços próximos ao seu, fazer a entrega com seu próprio veículo, economizando no frete.
Passo 10: Marketing
Marketing é fundamental, não basta abrir a loja e achar que as pessoas virão até ela. Com tantas e tantas lojas virtuais de diversos portes, fica cada vez mais difícil ser notado nas ruas da internet. O marketplace também é uma solução nesse sentido, já que sua loja estará em um shopping, que atrai muitos consumidores diariamente.
Invista em anúncios e banners em sites voltados ao seu público-alvo, por exemplo, ou portais de internet. Também é possível firmar parcerias com blogs do segmento em que você atua, expondo seu banner ou pagando por publiposts (posts pagos). Lance mão do email marketing sempre, uma poderosa arma para se fazer lembrar, mas respeite as regras básicas de envio para não se tornar cansativo.
Outra forma de marketing são as redes sociais, e com o trunfo de serem gratuitas. Crie um blog para falar sobre assuntos ligados ao seu segmento de atuação, crie uma Fanpage da sua marca no Facebook, crie uma conta no Twitter e no Pinterest. Assim você expõe seus produtos, os valores da sua marca e interage com seus atuais e futuros clientes.
E por fim, passe longe do Google AdWords, a ferramenta do Google que cria relevância para o seu e-commerce através da escolha de palavras-chave. Esse é um mercado inflacionado e dominado pelos grandes players. Sendo pequeno, você gastará muito dinheiro e não verá retorno nas vendas.
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